Dark (Netflix) – Resenha

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Dark (série original Netflix) – Resenha

Título Original: Dark
Ano: 2017
Criação: Baran bo Odar, Jantje Friese | Nº de Episódios: 10
Avaliação: ★★★★★ (Excelente)

Dark é, sem a menor sombra de dúvida, uma das mais agradáveis surpresas de 2017, e não somente quando falamos em termos de séries originais Netflix, mas entre qualquer produção de entretenimento dos últimos tempos, com tom inovador, próprio e ousado.

Produzido pela Netflix alemã e comparado de maneira não muito apropriada a Stranger Things, Dark possui uma das abordagens mais aprofundadas de obras cinematográficas ou televisivas sobre um dos temas de maior fascínio da cultura pop e da ficção científica: a viagem no tempo.

Conheça as teorias de Dark (Com Spoilers) nesse post.

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A trama apresenta a fictícia cidade de Winden (mas provavelmente baseada em uma das cidades reais que levam o mesmo nome na Alemanha), um povoado que gira em torno de uma enorme usina nuclear e cercada por quilômetros e quilômetros de florestas. Por ser tão isolada e restrita, Winden é o tipo de lugar onde todas as pessoas se conhecem, famílias perduram por gerações e segredos se perpetuam ao longo do tempo.

Os segredos da cidade começam a ser desvendados quando, em 2019, uma série de fatos estranhos tem início em sequência. Após o desaparecimento do estudante Erik Obendorf, Michael Kahnwald (Sebastian Rudolph) suicida-se e deixa uma enigmática carta para sua mãe. Poucos dias depois, Mikkel Nielsen (Daan Lennard Liebrenz) desaparece após se perder do irmão mais velho e seus amigos.

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Os desdobramentos tem início a partir das jornadas de Ulrich Nielsen (Oliver Masucci) em busca de seu filho Mikkel  e de Jonas Kahnwald (Louis Hoffmann) pelo entendimento sobre os motivos que levaram seu pai a cometer suicídio. Ulrich e Jonas descobrem, posteriormente, que todos os casos estão de certo modo conectados e que o passado (ou o futuro, a partir daquele tempo) estão diretamente ligados ao possível esclarecimento de todas as tragédias de Winden e mesmo às suas origens.

Dark tem a capacidade pouco usual e realmente salientável de surpreender a cada episódio, sem exceção. Cada um dos dez capítulos que compõem a primeira temporada deixam o espectador aparentemente mais próximo dos mistérios da série e das teorias que passam a se formular inevitavelmente ao término de cada um destes episódios. Uma narrativa que exige atenção constante, mas sem que isto estrague a experiência da audiência.

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A dinâmica de abordagem sobre a viagem no tempo é riquíssima e fascinante, trazendo aspectos poucas vezes tão bem explorados em obras audiovisuais. O contexto apresentado na série traz elementos de base científica, filosófica e religiosa, recheando a trama de frases memoráveis, questionamentos morais e éticos e ganchos de estudo para os mais curiosos e aficionados pelo tema.

E para personificar uma estória tão bem elaborada, a produção não poderia ficar por menos. Além de interpretações convincentes e marcantes, Dark conta com uma fotografia maravilhosa, sombria, como sugere o nome, levando seu espectador ao clima denso da cidade de Winden e na tensão constante de suspense que carrega a trama, acompanhada de uma trilha sonora perfeita. Elementos todos que, combinados da forma correta, conseguem apresentar as diferentes décadas da série de maneira natural e imersiva.

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Sem qualquer exagero, Dark já pode ser considerado um épico de suspense e ficção-científica, uma obra que mostra ainda mais a expertise das obras originais Netflix em sair do lugar comum (e que talvez te faça ouvir músicas em alemão!).

Para conhecer a fundo as teorias de Dark, acesse nossa Análise. Siga o Meta Galáxia nas redes sociais!

https://www.youtube.com/watch?v=BohSL5T_4ss

ASSINATURA

Análise Crítica
Data
Título Original
Dark
Nota do Autor
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Diego Betioli
Escritor, publicitário, louco por esportes e entretenimento. Autor de A Última Estação (junto com Rodolfo Bezerra) e CEP e um dos fundadores do Meta Galáxia.

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