Coisa Mais Linda (Netflix) – Resenha

Coisa Mais Linda – Resenha da série brasileira original Netflix

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Título Original: Coisa Mais Linda
Ano: 2018
Criação: Giuliano Cedroni e Heather Roth | Nº de Episódios: 7
Avaliação: ★★★★★ (Excelente)

Mais nova produção brasileira original Netflix, Coisa Mais Linda é uma criação de Giuliano Cedroni e Heather Roth, com direção de Caíto Hortiz, Julia Rezende e Hugo Prata.

A série tem como principal temática o feminismo nos anos 50, ou seja, a luta das mulheres por igualdade em uma época em que o abismo entre homem e mulher era ainda maior que nos tempos atuais.

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A trama nos apresenta a Maria Luiza, ou Malu (Maria Casadevall), uma paulista que, ao se mudar para o Rio de Janeiro, onde abriria um negócio com seu marido, descobre que ele fugiu, a traiu e roubou seu dinheiro. E é em um momento de angústia que seu caminho cruza com o de Adélia (Pathy Dejesus), uma empregada doméstica negra que luta para sustentar sua filha de oito anos.

Malu também conhece, por intermédio de sua melhor amiga Lígia (Fernanda Vasconcellos), a escritora Thereza (Mel Lisboa) e o músico Chico (Leandro Lima), que a encanta com sua recém-criada Bossa Nova. A paulista, diante de uma eminente volta a São Paulo, precisa tomar uma decisão que poderá mudar sua vida de forma definitiva, conflitando sua família e os padrões da sociedade.

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Há diversos pontos positivos de Coisa Mais Linda e é fácil ressaltá-los, a começar pela excelente escolha do elenco. O quarteto principal composto por Casadevall, Pathy Dejesus, Mel Lisboa e Fernanda mostra um enorme entrosamento e atuações impecáveis, reforçando a personalidade e carisma de suas incríveis personagens.

Leandro Lima também se destaca como revelação: o ator, que teve passagens menos destacadas em produções da Globo, também ganha os holofotes nesta série, dando vida a um personagem que é a síntese e o retrato de um momento e cidade que foi o Rio de Janeiro do fim da década de 50/início da década de 60, o berço da bossa nova.

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Ressalta-se que toda a ambientação de um Rio nostálgico e boêmio é representada, além das paisagens e figurino, pela música, uma das maiores qualidades de Coisa Mais Linda. Somos embalados pela bossa, samba e bolero, incluindo algumas canções originais – sem falar na abertura, que traz Amy Winehouse interpretando Girl From Ipanema.

A abordagem sobre o feminismo, que norteia a trama e seu desenvolvimento, traz questões que ainda são muito atuais e, por isso mesmo, importantes de serem abordadas. Fala sobre a necessidade de empoderamento, da independência feminina; mostra a misoginia, relacionamentos abusivos, sexualidade e o racismo institucional, ainda mais relativizado naqueles anos.

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Coisa Mais Linda é uma série com uma poderosa mensagem social, protagonizada por personagens de diferentes universos que possuem desafios distintos, mas que, em comum, buscam a vida que desejam e os sonhos que querem realizar. Uma produção que consegue transmitir sua mensagem e também entreter, com sete episódios recheados de uma estória que, de tão boa, parece passar em instantes.

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Não deixe de conferir Coisa Mais Linda: uma excelente e necessária produção da Netflix. E, se você também se contagia por boas trilhas sonoras, confira as playlists da série no Spotify.

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ASSINATURA

Análise Crítica
Data
Título Original
Coisa Mais Linda (Netflix)
Nota do Autor
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Diego Betioli
Escritor, publicitário, louco por esportes e entretenimento. Autor de A Última Estação (junto com Rodolfo Bezerra) e CEP e um dos fundadores do Meta Galáxia.

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